segunda-feira, 12 de agosto de 2013

LIBERANDO A SOMBRA NO DIVA

Chegou para sua terapia semanal e tinha uma decisão em mente: vou mudar a minha vida, é sim ou sim. Tinha lido o livro de Deepak Chopra e Debbie Ford - O efeito sombra - e queria aplicar o conhecimento. Tinha a intuição que era o caminho certo.

Entrou na sala e se deitou no divã.

- Hoje vou te considerar um padre e confessar todos os meus pecados.

A terapeuta ri e diz: - Vamos lá!

- Eu fumo e não só tabaco normal, às vezes fumo maconha também. Eu gosto quando saio com amigos que fumam. Eu minto, minto e minto muito para mim e para as pessoas. Não são mentiras que prejudiquem as pessoas, sou uma pessoa boa, mas são mentiras. Isto me faz mal, mas parece que tenho necessidade de dar mais cor a minha vida, de faze-la ter mais glamour, ser mais importante. Na verdade, quando eu era criança contei uma mentira que prejudicou uma pessoa, não sei porque fiz isto, mas eu fiz e agora não tenho como mudar isto. Não expresso as coisas que realmente penso e sinto, tenho um bloqueio, mas finjo que sou super resolvida e que minha vida é uma maravilha. Não me sinto bem quando estou em grupo, não tenho assunto com as pessoas, mas também finjo que está tudo bem e invento assuntos e passo uma imagem de super comunicativa. Algumas vezes saio e faço loucuras, uma vez conheci um homem e saí com ele sem conhece-lo, sem conhecer nada nem ninguém da vida dele e transamos toda a noite. Nunca mais o vi e depois tive medo porque poderia ter acontecido coisas muito ruins. Você sabe, eu sou insegura, mas minhas amigas pensam que eu sou a rainha da segurança. Sempre crio fantasias com os homens que me relaciono e na maioria das vezes me confundo sobre o que é fantasia e o que é realmente realidade. Pronto, é isso.

- Muito bem. Como você se sente agora?

- Aliviada e livre.

- O que vai fazer com isto?

- Vou ser mais honesta comigo e com os outros a partir de agora. Não vai me dar as penitencias? Quantos pais nossos vou ter que fazer e por quantos anos?

A terapeuta ri outra vez. 

- Já que você insiste... Faça a oração da serenidade por 21 dias seguidos.

- As duas riem juntas.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

A POBRE MENINA-MULHER E A INVEJA



Tinha uma raiva tão grande dentro de si e não sabia o que fazer com ela. Sentiu inveja de sua amiga da adolescência porque ela tinha crescido, estava prosperando, tinha um marido que a amava muito, estava vencendo e ela não podia suportar isto. Tinha que culpar e projetar sua raiva em alguém por sua infelicidade e por não ter tido a coragem e a ousadia de amar a si mesma. Encontrou alguém a quem culpar e a maneira perfeita de tentar impedir também o crescimento de sua amiga. Por que ela conseguiu tudo isto e eu não? Quem sabe assim acalmaria sua dor... Triste ilusão... Pobre menina-mulher, não compreendia que agindo assim feria ainda mais a si mesma e adiava um pouco mais seu desenvolvimento. Não podia ver que era seu próprio comportamento que fazia com que ficasse sozinha. Estava cega em sua ira e de longe alguém torcia para que ela despertasse. Algumas pessoas escolhem passar toda a vida no pântano, outras buscam águas límpidas e vão em direção ao mar. 
Um dia sua alma se abriria para o bem e o belo... A esperança é o que nos faz continuar tendo fé no ser humano...

terça-feira, 9 de julho de 2013

Ela precisava se amar de verdade

Sentia-se triste, não conseguia tirar seu ex-namorado da cabeça. Ele já estava com outra, parecia muito bem e ela continuava chorosa. 

Perguntou à sua terapeuta: 

- Por que as pessoas boas se envolvem com pessoas equivocadas? 

E a terapeuta respondeu: 

- Cada um aceita o amor que acredita merecer. 

Voltou para casa com esta frase ecoando na mente...