Há uns 6 anos
entrei em contato com o fato de que, por algum motivo, as abelhas estavam
desaparecendo e comecei a estudar o tema. Sempre fui apaixonada pelas abelhas: mel, propolis, polen, geléia real, sua organização, dança, memória vetorial, memória de paisagem, seu vôo que contradiz as leis da aerodinâmica...Pesquisas indicam que as abelhas não podem voar, seu peso, forma e as dimensões do seu corpo não lhe permitiriam voar e no entanto contrariando tudo, elas voam... Gosto de usar a metáfora do vôo das abelhas quando atendo um cliente que tem crenças que limitam seu desenvolvimento...
Mas além de ajudar no meu trabalho em psicoterapia ericksoniana...Você sabia que as abelhas são
responsáveis por 70% da polinização das culturas agrícolas e por 85% de toda a
flora existente na natureza, seja em florestas, bosques ou matas?
Já imaginou como seria o mundo sem as abelhas?
Sim, nossa
situação é bem delicada porque sem abelhas teremos fortes problemas com a
produção de alimentos. E falando nisto te passo agora um link onde poderá ficar
atualizado e saber mais informações sobre o que está acontecendo:
No mundo todo,
pesquisas estão sendo feitas para tentar encontrar o motivo da morte e
desaparecimento delas. Doenças, mudanças climáticas, ácaros, vírus, fungos, formas
de manejo, defensivos agrícolas – em especial os pesticidas podem ser os responsáveis
pelo CCD – Colony Collape Disorder – Sindrome do colapso das colméias.
E então o que
fazer?
As abelhas estão realmente desaparecendo e precisamos fazer alguma coisa
para ajudar.
Existem várias formas de ajudar, uma delas é assinando a petição em proteção às abelhas, entre no site www.semabelhassemalimento.com.br
assine e divulgue entre seus amigos, colegas e familiares.
Adicionar legenda
Plante árvores em
casa, faça hortas, cultive flores de maneira sustentável. Não utlize
pesticidas. Questione sobre o problema, ajude na conscientização das pessoas.
Tenha uma cólmeia de abelhas sem ferrão em casa, eu já tenho a minha! São
lindas! Em Paris grande parte da população cria abelhas!
Proteja as
abelhas com atenção. Se houver uma colméia de abelhas api, as que tem ferrão,
em lugar não apropriado, chame os bombeiros ou um apilcultor para retira-la e
levá-la para um lugar que possam viver.
Procure dar
preferência aos produtos orgânicos. Questione isto também. O que está matando
as abelhas agora vai ter efeito em nossos corpos em 20 anos.
Seja consciente,
cuide da natureza, não porque precisamos dela, mas porque somos parte dela.
É preciso mudar e
como não podemos mudar o mundo podemos, como disse Gandhi, nos tornar a mudança
que queremos ver no mundo!
Vamos fazer
diferença e cuidar da sobrevivência e da saúde da nossa especie, tomando uma
atitude positiva frente ao problema das abelhas! Juntos somos muito mais!
Um grande abraço
Keli Soares
Psicóloga, hipnoterapeuta, coaching, master em PNL, analista de PI, estudiosa do compartamento humano e pela primeira vez criadora de abelhas Jataí.
Em 2001 participei de um curso
fechado com Jeffrey Zeig no Instituto Milton Erickson de Belo Horizonte. O que
vão ler abaixo é a transcrição do primeiro esboço da aula que ministrei neste
curso e que fez grande diferença em minha vida. Éramos 10 participantes: Angela
Cota, José Augusto Mendonça, Lilian Zeig, Jairo Mancilla, acho que Sofia Bauer
e outros. Era um curso que nos dava um certificado para dar aulas, fazer
supervisão, algo assim...
Esboço primeira aula que dei para
certificação com Jeffrey Zeig:
Bom dia a todos! :)
Eu sou Keli Soares, todas já
sabem, eu sou formada em psicologia há 5 anos e trabalho em meu consultório e
há um ano e meio experiencio a hipnose em minha vida e em meu trabalho, o que
tem sido muito importante para mim. Quando o Zeig falou sobre a oportunidade de
falarmos durante vinte minutos sobre um tema aqui na frente, eu pensei: Eu vou
falar porque esta é uma grande oportunidade. Vou falar porque eu pretendo dar
aulas da abordagem para profissionais, porque eu gosto de aprender com as
pessoas, porque estou aqui para aprender. Eu vou falar porque este é um curso
fechado que reúne os melhores especialistas da área aqui no Brasil e tê-los
ouvindo atentamente a minha voz a medida que vão pensando em como poderiam me
ajudar a me tornar melhor é uma ideia que me fascina. Eu não posso perder esta
oportunidade eu pensava e anotei meu nome no quadro onde estavam os nomes dos
profissionais que iriam dar aula neste curso.
Neste dia, quando cheguei em casa
e conversei comigo mesma: Nossa, você é louca, o que você vai falar com eles?
Você nunca fez isto antes e percebi que meu coração estava disparado, batendo
muito forte, um gelo no estômago e a respiração estava curta. Que fisiologia é
esta?
MEDO
E vieram muitas perguntas à minha
mente:
- Você acha que é boa o
suficiente?
- Você não pensa que está sendo
pretenciosa demais em dar esta aula para o Jeffrey Zeig e os outros 9
profissionais que estão fazendo o curso?
- Você já parou para pensar que
talvez não seja realmente capaz de fazer isto bem?
E se eu fosse representar estes
pensamentos com meu corpo eu faria assim:
(Braços agarradinhos no corpo,
ombro encurvado para frente, junto com a coluna, cabeça voltada para baixo,
joelhos flexionados, toda embotada).
Seria realmente ridículo, como
vou dar uma aula com esta postura?
Comecei pelo mais fácil, mudei a
palavra para identificar a fisiologia... De MEDO para a CORAGEM, aquela
sensação diante do novo, do arriscar... para fortalecer os músculos.... E me
lembrei de Milton Erickson que utilizava as aprendizagens automáticas como o
andar – era muito difícil aprender a andar –desequilibrar para equilibrar... (Demonstro com meu corpo simulando o
desequilibrar e o equilibrar do ato de caminhar e a CORAGEM) E hoje estou andando e não
preciso pensar paa fazer sito... E é o meu primeiro passo... E para andar 3000
km é preciso dar o primeiro passo, como disse Gandhi. É isto que estou fazendo
aqui hoje...
E o que vim falar para vocês?
São palavras...
O começo
A sementeO cimento
Latente
Apalavranapontadalingua
Inaudível
Ímpar
Grávidanula
Sem idade
A
enterradadeolhosabertos
Inocentepromiscua
A
palavra
Sem nomesem fala
(Octavio Paz tradução de Haroldo de Campos)
E o que eu gostaria de alcançar é
que a medida que eu for compartilhando com vocês o meu crescimento, vocês
possam experienciar o seu próprio crescimento de uma maneira confortável e
prazerosa... E se destes momentos vocês puderem ficar com uma palavra
significativa que os ajude a fazer aquelas mudanças que são tão boas para
vocês... Eu já estarei sorrindo...
E antes de convidar vocês para
entrar em transe embalados por minha voz, eu gostaria de contar uma história...
É a história de uma garota que
tinha um sonho de viajar para lugares distantes e bonitos... Cheios de
riquezas, daquelas riquezas que são impossíveis de serem roubadas. Ela sonhava
muito, mas não sabia para onde queria ou deveria ir... Ela se sentia um pouco
perdida e continuava procurando e como quem procura acha, um dia, já mulher,
ela descobriu para onde ir... Ficou animada e começou a se preparar para a
viagem... Comprou passagem, fez os planos da viagem, arrumou sua mala e foi...
Ela sorria muito porque era um sonho se transformando em realidade... Tudo
acontece primeiro no pensamento e depois pode se concretizar... Chegando ao seu
destino, ela olhou para sua mala e viu que tinha levado muito pouco, sua mala
estava praticamente vazia... Ela ficou desesperada... Meu Deus, o que estou
fazendo aqui e agora? Eu não trouxe nada que eu precisava trazer, eu só trouxe
o que eu tenho... Ficou olhando para o conteúdo da mala e pensava que era
insuficiente, focando atenção nestes pensamentos, quase se arrependeu de ter
sonhado... Mas aí, num momento lustral, ela acendeu uma luz... E deve ter sido
mais ou menos parecido com o momento que o Zeig passou no McDonalds enquanto
esperava o suco de laranja, falando com a balconista (Zeig havia contado esta
experiência durante o curso). “Eu descobri o segredo da vida”; “Eu descobri o
segredo da vida”; “Eu descobri o segredo da vida”... E ela olhou para a
mala-e viu que TINHA ESPAÇO – a mala
vazia era uma vantagem naquele momento – Ela percebeu que tinha espaço e isto
era suficiente, era o que precisava....
E eu posso colocar um pouco mais
da poesia de Octavio Paz e Haroldo de Campos (Transblanco):
“Espaço é corpo,
significado”
Eu convido vocês agora para viajar um pouquinho no espaço
que é só seu, olhar para dentro... Ir se ajeitando de maneira confortável na
cadeira, apoiando os pés no chão e as mãos no colo... E vocês podem respirar
mais profundamente, olhando para dentro no seu espaço... de crescimento em
contato com a sua respiração, com os seus pensamentos e talvez agora seja um
bom momento para lembrar de pensar em viver este transe... Vivendo o pensar
deste transe... E confortavelmente deixar estas palavras ir fazendo sentido...
E vocês podem ouvir a minha voz, vocês podem perceber os barulhos ao redor,
vocês podem se perceber sentados nesta sala e podem usufruir deste momento só
seu... com as suas sensações...com os seus pensamentos... com a sua
respiração...E quando respiramos
milhões de modificações acontecem no corpo... Algumas células nascem, outras se
dividem, outras morrem e são substituídas por novas... Respiração é vida, é
aprendizagem, modificação, crescimento ... E enquanto a sua mente consciente
pode confortavelmente desfrutar deste movimento... A sua mente inconsciente
pode usufruir desta aprendizagem... E você pode pensar em várias palavras...
Talvez...
... Como uma dança
...Felicidades, riquezas internas
... Confiança
... Alegria
... Coragem – paixão
... Mando e poderoso como um leão
... Saúde e independência
... Fortalecendo os músculos do poder deste transe
... Estando inteira, valorizando este transe
... Experienciando o amor incondicional, expandindo este
transe...
E a medida que vocês confortavelmente experimentam este pensar
e viver... Este viver o pensar... Eu gostaria que vocês de colocar uma música
para vocês ... E a medida que vocês forem nesta dança, com a melodia
desfrutando desta alegria, ouvindo a música... Despertando aquelas células que
o ajudarão a realizar aquelas mudanças, aqueles objetivos que são tão
importantes para você... Vocês podem no seu tempo, no seu ritmo, ir se
reinventando, se reorientando, voltando para cá... Trazendo com vocês as sensações
que quiserem...
Me vejo no que vejo...
(Excerto do Poema Blanco de Octavio Paz cantado por Marisa
Monte)
E para finalizar... Feliz de poder ter estado aqui com
vocês... Eu peço que cada um resuma esta experiência em uma palavra...
(Cada um dos participantes disse uma palavra, mas só me lembro
a palavra do Zeig: Feminine)
Antes de ir viver na Espanha, separei roupas e sapatos que não queria me desfazer e não tinha como levar. Deixei tudo guardado. Tudo de qualidade, gostava de usar, estavam entre meus prediletos. A vida mudou, eu mudei e nesta primeira temporada no Brasil fui rever o que tinha deixado para trás. Nossa... Só coisa boa... Então pensei... Hora de reciclar, de deixar ir o velho... Fiz uma seleçao, o que doar, o que jogar fora e o que conservar... Coisas que temos que fazer de tempos em tempos nos guarda-roupas, armários e cômodos das nossas mentes também... Feito isto, os sapatos que resolvi manter, mandei ao sapateiro para colocar novas solas e deixar "zero bala". Bom, a verdade é que quando fui usar um dos sapatos, percebi que este tempo fora fez meus pés mudarem, sim, mudei o jeito de pisar e então não dava mais para usar... Mas como eu tinha um apego grande a ele, sapato bom, marca boa...
... Não quero me desfazer dele...
... Praticamente novo...
... Quem sabe eu usando mais vezes ele se formata no jeito que estou pisando agora???
(Eta mania de querer se apegar a ilusão! Não serve mais, descarte, não insista naquilo que não serve e que pode até te fazer mal... Seja firme consigo mesma, DESCARTE O SAPATO! - diálogo interno para auto convencimento)
... Amanhã eu resolvo isto...
Usei o sapato mais uma vez e sem meia fina, além do jeito de pisar diferente, deixou meu pé preto...
... Poxa vida, o que mais você precisa para descartar este sapato, Keli?
... mas é tão lindo...
TEM HORA QUE ´DIFÍCIL SOLTAR AS COISAS VELHAS, MESMO QUE A GENTE SAIBA QUE É O MELHOR A FAZER, NÃO É MESMO?
O sapato continuou no guarda-roupa no estilo ... Vou tentar mais uma vez...
Mas chega uma hora que não dá mais par adiar a mudança. A opção que temos é: ou você muda ou muda... Porque afinal de contas a gente é inteligente e não quer continuar do mesmo jeito, a gente quer evoluir e se livrar dos sapatos velhos que entulham o guarda-roupa e ocupam a mente com coisas inúteis... Que ocupam os espaços com coisas desnecessárias...
No meio de um coaching, em homenagem a uma cliente que está fazendo uma grande mudança em sua vida... Decidi deixar de adiar... No final da sessão tirei o sapato do guarda-roupa e deixei ir o velho... CHEGA de limitações... Agora sim há espaço para o novo em minha vida, ahhh, quer dizer, no meu guarda-roupa...
Eu não sei como você pode usar estas palavras ao teu favor, mas qualquer que seja o proveito que tire delas, você já sabe... Estarei sorrindo para você!