INTEGRIDADE

Essa atitude integra todas as outras: autoconsciência, auto-aceitação, autoresponsabilidade, auto-afirmação e intencionalidade.

Integridade é a síntese da auto-estima saudável e portanto construção de vida inteira.

Ser integro não é ser perfeito, tem a ver com ser inteiro, conseguir integrar suas convicções, crenças com seu comportamento.

É uma consequência da maturidade psicológica. Não está ligada ao nosso poder posicional e sim ao nosso poder pessoal, nossa capacidade de inspirar as pessoas através do nosso exemplo, de nossa coragem de ser o que somos e deixar o respeito e a honestidade que temos com a gente mesmo refletir em todas as relações.

Precisamos estar vigilantes com relação ao nosso comportamento e nossa conduta verificando sempre se a forma que estamos agindo tem coerência com o que pensamos, sentimos e valorizamos.

Em um artigo para a Você S/A, Eugênio Mussak fala que existe a coerência com os objetivos, com os resultados que te leva a fazer o que precisa ser feito e da melhor maneira possível para alcança-los. Tem a coerência com a ética, que te faz agir sempre de acordo com seus princípios e valores e há também a coerência adaptativa que nos leva a mudar de idéia de acordo com as necessidades de mudança. Afinal “nada na vida é permanente a não ser a mudança”. E se adaptar é ser flexível, é ter plasticidade. Quem fica muito rígido em uma idéia, acaba ficando pra trás, as palavras de Gork consolidam isso... “E a vida avança, quem não avança junto com ela, fica só”...

Atenção para aqueles que estão muito preocupados com o comportamento dos outros. Essa é uma maneira de fugir da responsabilidade de estar atento a si mesmo. Observe bem seu comportamento porque sempre que você se pegar julgando e condenando o comportamento de outra pessoa, falando sobre a moral dos outros, espalhando boatos sem evidências, você está na verdade indo contra si mesmo, enfraquecendo uma atitude que fortalece sua auto-estima.

“Quem nunca errou que atire a primeira pedra...”

Ser integro é se colocar no lugar do outro, ter compaixão, respeito, consideração, é amar as pessoas como elas são e saber que somos todos imperfeitos, erramos e acertamos e são os erros que nos dão Know How. E assim como devemos nos perdoar quando erramos, devemos fazer isso com o outro também.

Não devemos fazer para o outro o que não queremos que façam com a gente. Então, para aqueles que gostam de uma fofoquinha, atenção!!! Sua auto-estima está entrando no vermelho, além de perder a confiança das pessoas, é claro, porque a mensagem implicita que você passa é que se está falando do outro pode falar de mim também...

A história das três peneiras de Sócrates se encaixa muito bem aqui:
As Três Peneiras de Sócrates

Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!

- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.

- Três peneiras? Que queres dizer?

- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?

- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.

- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Você gostaria que alguém contasse assim uma história sobre você, ou não?

Envergonhado, o homem respondeu:

- Devo confessar que não.

- A terceira peneira é a da NECESSIDADE. Pensaste bem se é necessário me contar o que vieste falar a respeito do meu amigo?

- Necessário? Na verdade, não.

- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem necessário, então é melhor que o guardes apenas para ti.

Não é fácil cultivar essa atitude porque envolve autenticidade e honestidade consigo mesmo e com os outros, mas vale a pena investir todos os dias nisso.

E usando de novo as palavras do Eugênio Mussak:

“Seja coerente – alinhe suas palavras com suas atitudes e seus sonhos com suas competências”.

Procure ser exemplo até mesmo frente aos próprios erros, assumindo-os de maneira tranquila e fazendo o seu melhor para corrigi-los.

E pra fechar este ciclo de artigos sobre auto-estima a próxima postagem será sobre o AMOR que é a base destes pilares e destas atitudes que fortalecem nossa auto-estima.

Quem quiser contribuir para enriquecer esse texto, pode me mandar exemplos de integridade que vou acrescentando aos pouquinhos...

Aguardo comentários! Abraços a todos!

Keli