sexta-feira, 3 de maio de 2013

HISTÓRIAS DE MULHER - EPISÓDIO II - MERDA


Ela tinha o coração partido, mas uma força emergia e ela percebeu que chorar era bom porque lavava sua alma. 

Se sofria pelo descaso de alguém pelo qual estava apaixonada era porque de alguma maneira ela não estava dando valor a si mesma. 

Se o mundo externo é uma projeção do nosso mundo interno, de alguma maneira ela precisava se amar mais. 

Ninguém é obrigado a gostar de ninguém. 

O que era importante para ela não era importante para ele.

O que ela julgava precioso para ele era uma besteira.

Se ele mentiu, se ele foi falso, se não sentia o mesmo, não era o fim do mundo, era só uma questão de perspectiva.

Ela se enganou, embarcou em uma viagem, pensava que estava indo para Paris e na verdade estava indo para Pedro Leopoldo.

Deu pérolas aos porcos. Valorizou um monte de estrumes. Deve ser porque estava se relacionando com o que pensava que ele era e nao com quem realmente era.

Acontece... Idealizar e criar expectativas é comum, mas é uma verdadeira (com o perdão da palavra) merda.

Como foi este namoro? Uma merda!

Ele nem considerava um namoro e o que achava disto? Uma merda.

Mas e as coisas boas que vocês viveram? Não era de verdade, uma merda!

No teatro quando os atores vão iniciar um trabalho falam: Merda para você! Significa sorte!

E é isso que ela mandou para ele: Não um VÁ A MERDA, seu Merda!  E sim: No teatro da vida...

Merda para você querido.





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